quarta-feira, 28 de novembro de 2007


Dizias tu
que a terra está em êxtase
perante o céu
por isso as árvores para lá crescem
e o ser também
é que a criança a rir
traz com ela a doçura do mundo
como a ramagem se espreguiça ao sol
e o entardecer
lentamente
apela ao horizonte

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Lá dentro
havia bonecas esfarrapadas
ideias perdidas
esboços de amor
algumas plantas secas
das quais colhi a semente
guardando-a cuidadosamente no bolso

Havia saudades a pairar pelo ar
ferramentas pousadas a um canto
uma bacia de água límpida
outra de agua turva
de lágrimas derramadas

Havia sorrisos
aqui e ali
vozes perdidas
canções de embalar
uma paixão arrefecida
transformada em cinzas

Havia velhos retratos
um livro de encantos
sombras do que poderia ser

Ao canto
havia uma janela
abri-a
era a esperança.

terça-feira, 6 de novembro de 2007


É aqui
entre o sol que desce
e a lua que ascende
cheguei
é meu lar

A espuma brilha sobre as ondas

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


Como gostava de me tornar luz
de luz viva acender todos os corações em uníssono
de um sonho perdido reavivar a minha voz
fazer da tua palavra a minha.