domingo, 15 de março de 2009

Gosto muito de ti, Jeremy.


Há memórias do céu em ti

Para alem do universo
bem antes do alvor das estrelas
quando a luz era só luz
quando o segredo de cada existência pairava no possível
o desejo acendeu-se
como uma flecha dourada disparada ao infinito
tornou-se sol
terra
homem
mundo

sexta-feira, 13 de março de 2009


Brilho
como um sol
no centro do meu universo
renasço para a vida
a liberdade
uma liberdade imensa
inquestionável

Se eu pudesse
gritaria entre os homens
como é fácil ser feliz

quinta-feira, 12 de março de 2009


As sombras são o reflexo espelhado da luz
nada existiria sem essas duas forças que actuam lado a lado e se complementam
a criação e a dissolução

A vida é criação.
Criação supõe dualidade.
Mas a dualidade não implica forçosamente conflito, e sim coabitar com os opostos.
É o ponto de observação que molda a realidade na qual estamos inseridos.
Muitos dos pontos de referência sobre os quais estão alicerçadas as convicções das sociedades actuais, sejam eles de origem filosófica, religiosa ou cultural estão completamente ultrapassados.
A ética e a moral nas quais estão principiados esses paradigmas são puro reflexo de uma consciência dualitária, obsoleta e separatista.
As diferenças entre o eu e o tu, o interior e o exterior, o homem e o mundo são o fundamento do dogma social antigo.

Torna-se urgente criar um novo espaço mental, novos pontos de referência.
Em que nos poderemos basear?
Numa concepção autêntica e renovada do mundo que nos envolve.
Uma visão lúcida, unitária e ciente dos fenómenos observados.
Abolir a concepção do bem e do mal, dos opostos em geral enquanto sistemas divergentes.
Observar o mundo, não como uma entidade separada, mas sim como a extensão da própria consciência observadora.
Sendo esse ponto de união a base da observação, deixará de existir essa necessidade de ética, ela tornar-se- á evidente, inerente, translúcida.
Vinculada coerentemente a um novo modo de vida, a uma nova visão do mundo.

terça-feira, 3 de março de 2009


Faço arte de rua, de casa, de coração
ao pegar na pluma, no tacho, no cinzel
ao desenhar o teu corpo com as minhas mãos
de noite, faço da arte os meus sonhos
teço o mundo à luz das estrelas
velo sobre ti

segunda-feira, 2 de março de 2009


Da tua pele
exala
o perfume dourado
a frescura da noite
tu és homem
mar
pássaro
sol
eterno enlace
eu sou canto
monte
lua
seiva
terra imensa
fogo vivo
sou tudo
todos
imersa em ti
Num simples toque
eis o sentido
de um corpo
de uma voz
de um único olhar