domingo, 15 de junho de 2008

A caminho de onde!


Os jovens questionam mais do que os mais velhos. Uma vez adquirido o fato do comodismo, é difícil desviar-se das suas malhas. Hoje, como jovem, questiono. Questiono a nossa lucidez, os nossos hábitos, as nossas metas, questiono os nossos fundamentos, o óbvio, assim , como milhares de outros fizeram antes de mim.

A história é apenas um traço marcado aleatoriamente, deixando um rasto de algo, nada mais de que uma existência comum e um mero ponto de vista.
Olho as pessoas e vejo caminhos traçados pela sociabilização. A maioria das nossa escolhas baseiam-se numa interpretação leve da realidade humana em grupo, uma visão toldada pela força das ideias convencionais.

Hoje, questiono-me. Não porque algo esteja errado, mas porque tudo poderia ser diferent.
Quem sou eu, senão um mero esboço a olhar no espelho da verdade.
Quem sou eu , afinal!
Qual a versão que crio de mim a cada dia e segundo.
Por mais que veja longe, as malhas das correntes que me amarram ao chão impedem-me de me içar.
A verdade faz-nos sentir sós.
Por isso muitos preferem a mentira, por isso os jovens deixam de se questionar, entram na corrente bem oleada da rotina e morrem na ignorância dos seus próprios poderes.

Deixando que aquilo que aconteceu continue a acontecer. Vendo a maré passar em virtude do horizonte.

terça-feira, 10 de junho de 2008

O Prazer


Do elogio à negação, o prazer persegue a história dos seres humanos. Em todos os sentidos, ele ergue- se majestosamente a proclamar a vida. Enquanto outros o encaram com desdém vendo na morte a libertação.
Mas, se é ele o espectro que prosseguimos teimosamente ao fio dos anos! Se é ele que adquire a cor dos nossos sonhos! O desejo, a água que corre de boca em boca. O início e o fim.
Há aqueles que se encontram e aqueles que se perdem nas suas malhas dúbias, nos seus vapores insondáveis, nos seus meandros alquímicos.
Tudo corre, tudo passa e o homem, como que suspenso na teia do infinito, usa- o como amarra à terra quando o seu fio se estende para além dos mil céus. Tudo pode ser sagrado ou profano dependendo da intenção e da visão alcançada.