quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
O mito da criação
A diferença entre as culturas matriarcais, que respeitam,valorizam e sublimam o papel da mulher na sociedade e as culturas patriarcais, que geralmente reprimem e condicionam o papel da mulher, está nos mitos fundadores dessas mesmas culturas. Como exemplo de uma cultura matriarcal, temos na cultura tântrica o mito de Shiva e Shakti, que diz que a mulher (Shakti) leva o Homem (Shiva) ao conhecimento suprêmo através do despertar da Kundaliní (energia ígnea), Kundaliní, que, traduzida à letra, significa "serpentina". Como exemplo de uma cultura Patriarcal, temos uma história bem conhecida por nós, que é o mito de Adão e Eva, em que a mulher (Eva), atraída pelas palavras da serpente, come o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal, e o dá ao homem (Adão), sendo dessa forma os dois relegados para fora do paraíso, num mundo onde a dor e o sofrimento preencherá para sempre as suas vidas. Repare como os três elementos, Mulher, Homem e serpente estão presentes nas duas histórias, mas entendidos de uma forma diametralmente oposta. No primeiro, a mulher tem um poder fertilizador, projecta o homem para o conhecimento supremo, no segundo, ela têm um efeito destabilizador, trá-lo para planos inferiores, onde experimentará o sofrimento.
Tudo isso parece muito abstracto, mas ainda hoje, nós, que vivemos numa cultura com fundamentos patriarcais e preceitos cristãos, quer queiramos, quer não, somos irremediávelmente influenciados por essa segunda história, mulheres e homens. Quantas de nós, mulheres, não sentiram, em algum momento, que estariam a interpretar esse elemento destabilizador, pela visão distorcida delas próprias ou dos homens que projectam essa imagem sobre elas. Quantas histórias de compatibilidade, entre homens e mulheres, que poderiam resultar num crescimento mutuo, não se transformaram em dor, desperdício e rejeição, devido às normas culturais vigentes. Quanto tempo levará ainda até que a sociedade realize e aceite a feminilidade e os valores associados à mesma?
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
As nossas relações são pontes
de um ser ao outro
sobre a torrente inesperada da vida
lugares de encontro
de amor
ausentes de solidão
existem pontes sem palavras
como a brisa oculta
no silencio da beleza
existem
porque es tu
porque sou eu
porque sem nada
existiríamos juntos
sem fronteiras
unos
como a raiz e a terra
os teus braços imersos nos meus
o teu sopro indistinto do meu
como um só corpo
absoluto
de um ser ao outro
sobre a torrente inesperada da vida
lugares de encontro
de amor
ausentes de solidão
existem pontes sem palavras
como a brisa oculta
no silencio da beleza
existem
porque es tu
porque sou eu
porque sem nada
existiríamos juntos
sem fronteiras
unos
como a raiz e a terra
os teus braços imersos nos meus
o teu sopro indistinto do meu
como um só corpo
absoluto
terça-feira, 28 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
O Espaço cénico
o vazio de onde tudo nasce
onde se deixa de existir em si
para passar a ser veículo de uma arte
de um princípio
de um desejo
saudades
talvez volte a ti
para renascer
não ser mais hoje aquilo que fui ontem
não ser mais eu
apenas
uma doação
porque precisamos de amar
ser devotos do corpo
da palavra
exortar a paixão
o sentimento
num gesto
num som
num movimento
talvez volte a ti
para voltar a existir em ti
não ser mais eu
o vazio de onde tudo nasce
onde se deixa de existir em si
para passar a ser veículo de uma arte
de um princípio
de um desejo
saudades
talvez volte a ti
para renascer
não ser mais hoje aquilo que fui ontem
não ser mais eu
apenas
uma doação
porque precisamos de amar
ser devotos do corpo
da palavra
exortar a paixão
o sentimento
num gesto
num som
num movimento
talvez volte a ti
para voltar a existir em ti
não ser mais eu
não ser mais nada
sábado, 4 de julho de 2009
Prejudicar o outro, consciente ou inconscientemente, é o mesmo que prejudicar-se a si próprio.
Pus-me a pensar nas quantas pessoas eu devo ter magoado na minha vida, o mais das vezes, sem querer. Até só por distracção.
E os outros a mim, também!
Simplesmente, interpretamos-nos mal.
Os mal entendidos e conflitos, na maioria, são incitados por pequenas coisas, maiores do que nada, que chegam a tomar dimensões impressionantes.
As guerras por exemplo!
Há que saber viver, saber relacionar-se, é uma arte que se aprende com os que nos estão mais próximos.
Uma arte, sim, e uma ciência também, pois aprendemos através da experiência e do erro.
A vida é assim, uma caixa de surpresas, ou de chocolates, como dizia o Forest Gump, nunca sabemos o sabor do que vem a seguir.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
No círculo de fogo
danço
ao som do universo
ouço o coração pulsar
intensamente
nasce o guerreiro
ao movimentar meu corpo
minha arma
meu poder
transformo o destino
nenhum deus
nem nenhum diabo
comanda mais os meus passos
minha dança é livre
e ensina-me os segredos da vida
manejo as minhas mãos
nas trevas
espalhando a luz
na cadência da luta
defendo-me dos indignos
entrego-me a quem merece
avanço
a cada passo
envergo mais longe
no caminho do conhecimento
nesta dança
nesta luta
ao som do universo
ouço o coração pulsar
intensamente
nasce o guerreiro
ao movimentar meu corpo
minha arma
meu poder
transformo o destino
nenhum deus
nem nenhum diabo
comanda mais os meus passos
minha dança é livre
e ensina-me os segredos da vida
manejo as minhas mãos
nas trevas
espalhando a luz
na cadência da luta
defendo-me dos indignos
entrego-me a quem merece
avanço
a cada passo
envergo mais longe
no caminho do conhecimento
nesta dança
nesta luta
que é existir.
domingo, 7 de junho de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
ombre de mon âme
brûle de toi
sous ce voile d’innocence
je silencie
un torrent
un volcan
une étoile
incandescente
ce n’est pas moi qui t’aime
c’est ma peau
qui clame
c’est mon coeur
qui crie
mon souffle
qui t’implore
mon sang
qui gémit
en toi
ne suis plus
qu’ une fièvre
un désir
univers assoiffé de vie
mon amour
brûle de toi
sous ce voile d’innocence
je silencie
un torrent
un volcan
une étoile
incandescente
ce n’est pas moi qui t’aime
c’est ma peau
qui clame
c’est mon coeur
qui crie
mon souffle
qui t’implore
mon sang
qui gémit
en toi
ne suis plus
qu’ une fièvre
un désir
univers assoiffé de vie
mon amour
mon essence
domingo, 15 de março de 2009
Gosto muito de ti, Jeremy.
sexta-feira, 13 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
A vida é criação.
Criação supõe dualidade.
Mas a dualidade não implica forçosamente conflito, e sim coabitar com os opostos.
É o ponto de observação que molda a realidade na qual estamos inseridos.
Muitos dos pontos de referência sobre os quais estão alicerçadas as convicções das sociedades actuais, sejam eles de origem filosófica, religiosa ou cultural estão completamente ultrapassados.
A ética e a moral nas quais estão principiados esses paradigmas são puro reflexo de uma consciência dualitária, obsoleta e separatista.
As diferenças entre o eu e o tu, o interior e o exterior, o homem e o mundo são o fundamento do dogma social antigo.
Torna-se urgente criar um novo espaço mental, novos pontos de referência.
Em que nos poderemos basear?
Numa concepção autêntica e renovada do mundo que nos envolve.
Uma visão lúcida, unitária e ciente dos fenómenos observados.
Abolir a concepção do bem e do mal, dos opostos em geral enquanto sistemas divergentes.
Observar o mundo, não como uma entidade separada, mas sim como a extensão da própria consciência observadora.
Sendo esse ponto de união a base da observação, deixará de existir essa necessidade de ética, ela tornar-se- á evidente, inerente, translúcida.
Vinculada coerentemente a um novo modo de vida, a uma nova visão do mundo.
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A vida é um infinito mar de possibilidades.
Quando abro os olhos e vejo,
quando inspiro,
abranda o tempo e o mundo surge,
não como um mar de contradições,
mas como um espaço onde tudo tem o seu lugar.
Permaneço parada e consciente.
O ritmo da vida,
do sol,
o meu coração,
dos rios e do sangue,
o ritmo do universo inserido no todo e em cada um,
a dança da vida aparece,
nua como o olhar do primeiro homem,
clara como a primeira chama
clara como a primeira chama
que de seu sono imenso despertou.
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