quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Dei por mim!
Dei por mim, numa tarde de sol radiante, equivocada, a minha vida tingida em meios tons.
O esplendor alado da poesia cingido à expressão de uma vida mediana. Perdida entre as hastes do desejo e da resignação.
Dei por mim farta mas faminta de grandeza, como se qualquer alimento perdesse o sabor perante a inocuidade do espirito.
Dei por mim conscientemente ignorante, como se do vasto universo eu soubesse apenas menos que nada, um conjunto de conceitos obsoletos que se empoeiram com o tempo.
Assim.
Lembrei-me da eternidade, da memória ancestral que me deu vida e notei como a minha retribuição era escassa perante a sua imensidão.
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