sábado, 18 de agosto de 2007

O sol brilha, de facto!

É o sentimento de posse que faz com que tenhamos a sensação de perda.
Será que realmente possuímos algo ou somos simples acompanhadores das circunstancias?
Quando olhamos um pássaro em voo, sabemos a leveza das suas asas. - Ah como deve ser bom voar! E contemplando-o, o nosso imaginário voa com ele. Mas se o quisermos agarrar, se quisermos pô-lo em jaula, ele nunca mais voará e nós não saberemos mais voar com ele. A flor murcha mais rápido ao colhê-la, o amor passa-nos ao lado e muda de rumo quando o damos por nosso.
Felizes são aqueles que percebem a beleza do que lhes passa pelas mãos mas que não as fecham, que observam o pássaro e voam com ele, que admiram a flor e se abrem com ela, que se entregam ao amor, ao momento. Esses, talvez entendam a dádiva da vida, porque o sol brilha, de facto, eleva-se todas as manhãs para os que acreditam que o mundo é um lugar cheio de oportunidades às quais se entregar e não simplesmente mais um dia que passa.

Um comentário:

Anônimo disse...

É...uma liberdade que respeita a liberdade, e que por isso se contenta em contemplar. Muito bonito. Obrigada pela visita!
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